se você é como eu, terá dias difíceis.
daqueles que você duvida de quase todas as escolhas que fez durante os últimos anos; dias sem cor, sem cheiro, sem perspectiva, daqueles que nada faz sentido e seu coração aperta; dias complicados que a única vontade possível é que o tempo pare pra que então você consiga sair da angústia na qual se enfiou… e são exatamente nesses dias estranhos, quando ngm tá te vendo, que você mais precisa confiar na pessoa que foi. afinal o seu ‘eu do passado’ não seria tão estúpido a ponto de colocar o seu ‘eu do futuro’ numa furada.
é importante aceitar que um pouco desse sofrimento já estava ali, embutido nessas decisões que você tomou. a vdd é que você sabia que ia passar por isso, então o melhor que você tem a fazer é engolir o choro e agir de maneira madura, assumir as responsabilidades que essas escolhas trouxeram e assim, compreender que está se tornando uma pessoa mais tolerante, que entende a dualidade da vida.
esse emaranhado de pensamentos escancara o quanto somos incapazes de chegar a algum lugar sem sofrimento. é praticamente impossível evoluir sem dúvidas, sem nos perguntar a todo momento “mas será que é por aqui mesmo?!”.
confesso que uma parte de mim acredita que esses questionamentos nunca vão embora. não tem como escolher dois caminhos. então, que tenhamos ao menos algum tipo de convicção que nosso ‘eu do passado’ escolheu o melhor que pôde com o que tinha. e que o nosso ‘eu do presente’ terá forças o suficiente pra levar adiante seja lá o que for.